domingo, fevereiro 15, 2009

Moscovo intromete-se na América Latina

Uma longa semana de reuniões realizadas em Moscovo contribuiu para solapar a posição dos Estados Unidos na América Latina e acelerar a chegada de uma nova – e anti – americana – “ordem internacional”. O presidente cubano Raúl Castro, irmão do cada vez mais enfermo Fidel, chegou a Moscovo em 28 de Janeiro para reunir-se com a elite da classe dominante na Rússia, para o que o ditador cubano descreveu como “acontecimento histórico” de “grande significação”.

Por: Toby Westerman *

Moscovo sempre considerou Cuba como um “aliado chave” na América Latina, uma região cujos governos são, conforme o Ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov, “aliados naturais para a formação de uma mais justa e segura ordem internacional”.
Raúl declarou que a América Latina tem um “crescente relacionamento estratégico” com Moscovo. Havana já abriga uma grande e sofisticada base chinesa de espionagem electrónica, que ocupou o lugar da base Lourdes dos tempos soviéticos fechada em 2001. Ainda não se sabe concretamente como Moscovo estabelecerá esse “relacionamento estratégico” com Cuba. Forças navais russas visitaram recentemente Cuba, e há informações de que Moscovo cogita instalar aviões de bombardeio na ilha.

Moscovo já prometeu ao regime cubano ajuda técnica e militar, incluindo assistência na área das medidas de “segurança interna”. Há anos Cuba possui uma bem merecida fama de GULAG tropical. A crescente repressão aos dissidentes, entretanto, tem se mostrado incómoda para o regime comunista da ilha. Moscovo tem um comprovado histórico de eliminação daqueles que criam problemas para a elite do Kremlin, e parece disposta a compartilhar sua experiência com Havana.

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A influência crescente russa na América Latina se estende à Venezuela, que gastou milhões de dólares em fuzis, helicópteros de combate e outros armamentos de apoio ao regime marxista de Hugo Chávez. Outros líderes esquerdistas da região estão trabalhando em estreita colaboração com Moscovo: Cristina Fernández de Kirchner, presidente da Argentina; o ex-guerrilheiro comunista Daniel Ortega, presidente da Nicarágua; Evo Morales, presidente da Bolívia, que quer ser um outro Chávez em seu país; Michelle Bachelet do Chile e Rafael Correa do Equador.
Os regimes de Cuba, Venezuela, Nicarágua e Equador, também mantêm vínculos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), um exército comunista e narco – terrorista que vende ilegalmente drogas e armas para todo o norte e sul do continente americano. Entre os seus melhores clientes estão os cartéis de drogas mexicanos ao longo da fronteira com os Estados Unidos, que ameaçam a própria existência do Estado mexicano.
Cuba e Venezuela também mantêm estreitos vínculos de relacionamento com a República Islâmica do Irão, que está disposta a compartilhar seus conhecimentos em matéria de energia nuclear com o governo de Chávez.

A nova “ordem internacional” que Moscovo e Havana defendem é manifestamente anti – americana e inclui os mais grupos violentos terroristas e os Estados mais opressores do mundo. É o socialismo em acção. Liderados por ditadores e apoiados por organizações policiais secretas, os governos socialistas latino-americanos buscam um sistema internacional socialista e o fim do sistema económico e político dos Estados Unidos como agora o conhecemos.
Estaremos em perigo se ignorarmos esta ameaça.
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Original em inglês: http://www.inatoday.com
* Editor da página International News Analysis Today
Tradução: André F. Falleiro Garcia, adaptação JNW

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