sexta-feira, setembro 09, 2011

A Morte do Ocidente


O jornalista, comentador televisivo e político americano Patrick J. Buchanan fala sobre o seu livro The Death of the West (A Morte do Ocidente) na entrevista à revista alemã Nation und Europa.
No livro editado em 2002 Patrick Buchanan constata o triste facto da degradação alargada dos povos europeus, acompanhada pelo aumento da longevidade e da natalidade baixa, sob a mentalidade de “não podemos fazer nada”.
NuE: Você escreve que todos os europeus, incluindo os americanos, canadianos e australianos de origem europeia vivem sob uma ameaça e prediz o seu desaparecimento.
PB: O meu estudo baseado nos dados estatísticos populacionais da ONU mostra que nenhum país europeu, menos Albânia, não possui as estatísticas de natalidade que lhes permitem, na sua forma actual, sobreviver o ano 2050. Em 2050 a Europa perderá 128 milhões dos actuais 728 milhões de habitantes. Essas perdas correspondem ao actual conjunto populacional da Bélgica, Holanda, Noruega, Suécia, Dinamarca e Alemanha. Itália perderá 16 milhões, Alemanha – 23 milhões, Rússia – 33 milhões. Em 2050 cerca de metade de todos os europeus ultrapassarão a idade de 50 anos, outros 10% (60 milhões de pessoas) ultrapassarão 80 anos. E naquele momento será o fim da Europa. Em metade dos países europeus já hoje a mortalidade é maior que a natalidade, há mais caixões do que os berços...
NuE: E você afirma que o inimigo está dentro das portas na cultura do “politicamente correcto” e em forma do “marxismo cultural”...
PB: Aquilo que vivemos na Europa e muitas das vezes em todo o Ocidente é o declínio do cristianismo e da tradição europeia ocidental. Vem o novo estilo da vida que se baseia no materialismo, hedonismo e na “vida fácil”. Os europeus actuais não querem viver como viviam os seus antepassados, eles preferem a vida tipo “o mais importante hoje é comer bem, beber bem e se divertir, pois amanha poderemos morrer”.
NuE: Como você explica a dicotomia entre a opinião pública e a opinião que a imprensa afirma ser do público?
PB: Nos EUA e na Europa a revolução dos 1960 ganhou e se tornou a dominante na cultura. Essa revolução jurou a fidelidade aos abortos e feminismo, direito dos homossexuais em se casar e adoptar as crianças, ela é fiel ao igualitarismo, eutanásia e ao governo mundial. Estamos falar sobre o marxismo cultural, que essencialmente falando é extremamente anti-ocidental. Ele passou pelas nossas universidades e hoje tem nas nãos o mundo da cultura: artes, imprensa, televisão, instituições do ensino. História se diaboliza, os seus heróis são derrubados. Totalmente varrido tudo que é antigo, se apaga a memória, para que seja possível criar uma nova religião no lugar da tradicional, com a fé em globalismo, igualitarismo, fronteiras abertas e o governo mundial. A nova religião deve abarcar todos os domínios da vida em troca da nossa liberdade e a nossa dignidade. Estamos falar sobre a escolha de Fausto. Mas eu considero que a resistência contra essa revolução é a obrigação mais importante do homem ocidental.
NuE: Como você explica o facto do que os americanos conservativos não conseguem acordar, apesar do perigo?
PB: A maioria dos conservadores americanos não são, realmente falando, conservadores de verdade, mais uma espécie de oportunistas, fugitivos da ala esquerda do Partido Democrata dos anos 1960. Eles rapidamente juraram fidelidade às ideias conservativas, quando se tornou claro que a revolução da Direita, que nos preparávamos durante muitos anos acabará com Ronald Reagan. Essa gente leu um monte de revistas “conservativas” e se apresentam como “conservadores”, embora entendem pouco (disso). Eles querem transformar os EUA em um novo império e impingir aos todos os países a sua “democracia”. Mas verdadeiros conservadores nos EUA não são adeptos da intervenção, eles colocam os interesses do seu país em primeiro e não querem participar nas guerras que não lhes dizem respeito.
O “caldeirão” (americano) se partiu em bocados, no momento em que a elite de esquerda prega o multi – culturalismo. Estamos navegar directamente para a verdadeira balcanização da nossa sociedade.
A defesa dos interesses nacionais e a preservação da especificidade nacional devem ser praticados pelos partidos do poder, incluindo na Alemanha. Eu acho que o globalismo pode ser derrotado, tal como isso aconteceu com o bolchevismo. Tenho medo daquilo que poderá acontecer se não acordaremos a tempo. Gostaria de me equivocar. A nossa cultura representa o cúmulo da civilização humana e é necessário preserva-la.
Fonte:
http://svan68.livejournal.com/76967.html

Blogueiro

Embora podemos discordar de algumas ou até de várias afirmações do Patrick Buchanan, a recente tragédia da Noruega mostrou decididamente que a Europa, principalmente a Velha Europa não está nada bem. Basta analisar os seguintes pontos: 

  1. Um único atirador não profissional consegue aterrorizar cerca de 700 pessoas, que fogem em pânico como ratos polares e o máximo que conseguem é negociar com o sujeito: “por favor não me mate, você já matou o meu pai” (!)...
  2. Uma patrulha policial presente no local se considera inapta para enfrentar o perigo (salvo erro a polícia de segurança pública anda desarmada) e se limita a chamar o grupo de intervenção especial.
  3. O único helicóptero disponível está estacionado numa outra base e o grupo SWAT tem que viajar de carro. Quando o SWAT tenta usar um barco, este semi-afunda e não consegue navegar....

Etiquetas: ,

0 Comentários:

Enviar um comentário

<< Home