Danko (Feeria) / PG 18
Данко (Фєєрія)
Oleksander (Les’) Podervyanskiy
www.ultima.te.ua
www.doslidy.kiev.ua
Personagens
Danko
Multidão
Primeiro Acto
Bosque feito de cartolina. Entra a multidão. Multidão berra de maneira assustadora e selvagem. As vezes é possível ouvir as frases do tipo: “Malta! Basta gastar as solas. Os chefes ganham o taco e nos ganhamos os calos”. Entra o Danko e dispara para o ar com uma pistola.
Danko: Caluda!
(Todos ficam calados, até mete a impressão).
Danko: Pensar – não! Seus cabrões! Vamos!
Voz: Então, vamos à onde?
Danko: Vamos! Seu facho! Quem não quer – mato p’ra caralho!
(Danko arranca o seu coração do peito, que brilha com uma luz de candeeiro e abana-o como a tocha.
Voz da multidão: Mas com caralho!
Danko (Grita): Hurahhhh! Avante, seus cabrões!
(Todos correm na direcção oposta da onde entraram) .
Segundo Acto
Pântano. Entra a multidão junto com o Danko.
Danko: Andem!
Voz da multidão: Penso que já chegamos.
Danko: Pouco barulho, caralho. Andem!
Voz da multidão: Quero lá foder uma vida assim.
Danko: Basta, cona da vossa mãe! Porque pararam?
Voz escovinha da multidão: Danko! Coração se apague!
(Realmente. O coração nas mãos de Danko começa escurecer. Danko atira o com toda a força para o chão e pisa com os pés. Depois arranca o seu fígado. Fígado logo começa arder com uma chama azul).
Danko (berra com a voz do possuído): Andem!
Danko e multidão desaparecem na direcção oposta da onde entraram.
Terceiro Acto
Deserto. Entra multidão junto com o Danko.
Danko (manda piada): O tempo hoje é bom p’ra caralho!
(Multidão fica calada)
Danko: Porque calaram-se? Ah? Onde está a velha puta Izergil?!
Voz da multidão: Bateu a bota ontem.
Danko (com incerteza): Andem.
Voz da multidão: Ande mas você p’ra caralho!
Voz escovinha da multidão: Danko! Fígado se apaga. (Danko atira para o chão o fígado mal cheiroso e já todo ardido).
Voz escovinha da multidão: Danko! Arranca os rins – eles vão arder. (Danko arranca os rins. Eles ardem, mas não com a luminosidade desejada. Então Danko atira os para o chão).
Danko: Então, cabrões. Agora estão contentes? (Multidão fica calada).
Danko: Então, chegou o vosso fim, caralho! (Morre).
Voz da multidão: Fim, o caralho! Nos criaremos no deserto um pomar!
Vozes: É malta! Ele ‘ta dizer a cena búe da fixe!
Voz: Hurrahhhhh! Andem, seus cabrões!
Todos: Hurrahhh!
Pano de boca se fecha.
Preparou: Chill - chill@doslidy.kiev.ua
Fonte: http://www.doslidy.kiev.ua/
Nota de tradutor
Danko (Feeria) tem uma certa alusão ao conto homónimo de Maksim Gorkiy (Peshkov), também conhecido em Portugal (sabe-se lá porque), como Máximo Gorki.
Nota sobre o autor
Oleksander (Les’) Podervyanskiy nasceu aos 3 de Novembro de 1952 em Kyiv (Kiev). Em 1976 foi graduado pelo Instituto de Belos Artes de Kyiv. Desde 1980 é membro da União dos Pintores da Ucrânia. Especialidades: design teatral, gráfica.
Exibições mais famosos, onde Les Podervyanskiy participou como pintor (pessoais e colectivas): «Art Expo-2000», Nova York; «Lazarro Signature Gallery», Stoughton, Wisconsin, EUA (1999); Exibição de Arte Moderna, Galeria da Arte de Kyiv, Kyiv (1995); Galeria «Glasnost», Nuremberga, Alemanha (1991); «Modern Ukrainian Art», Centro Cultural de Marsvinskholm, Isted, Suécia (1990); All-Union Exhibition, Manezh, Moscovo, Rússia (1980).
Os seus quadros encontram-se em colecções privadas na Ucrânia, Alemanha, Estados Unidos da América, Israel, Grã Bretanha, Rússia e Suécia.
Começou escrever no fim dos anos 70, até agora escreveu cerca de 50 peças. Autor do livro “Herói do nosso tempo”, Lviv, Ucrânia, Editora Calvaria, 2001.
Casado e tem uma filha. Os amigos chamam-no “Podia”.
Vive e trabalha em Kyiv, Ucrânia.
Oleksander (Les’) Podervyanskiy
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Personagens
Danko
Multidão
Primeiro Acto
Bosque feito de cartolina. Entra a multidão. Multidão berra de maneira assustadora e selvagem. As vezes é possível ouvir as frases do tipo: “Malta! Basta gastar as solas. Os chefes ganham o taco e nos ganhamos os calos”. Entra o Danko e dispara para o ar com uma pistola.
Danko: Caluda!
(Todos ficam calados, até mete a impressão).
Danko: Pensar – não! Seus cabrões! Vamos!
Voz: Então, vamos à onde?
Danko: Vamos! Seu facho! Quem não quer – mato p’ra caralho!
(Danko arranca o seu coração do peito, que brilha com uma luz de candeeiro e abana-o como a tocha.
Voz da multidão: Mas com caralho!
Danko (Grita): Hurahhhh! Avante, seus cabrões!
(Todos correm na direcção oposta da onde entraram) .
Segundo Acto
Pântano. Entra a multidão junto com o Danko.
Danko: Andem!
Voz da multidão: Penso que já chegamos.
Danko: Pouco barulho, caralho. Andem!
Voz da multidão: Quero lá foder uma vida assim.
Danko: Basta, cona da vossa mãe! Porque pararam?
Voz escovinha da multidão: Danko! Coração se apague!
(Realmente. O coração nas mãos de Danko começa escurecer. Danko atira o com toda a força para o chão e pisa com os pés. Depois arranca o seu fígado. Fígado logo começa arder com uma chama azul).
Danko (berra com a voz do possuído): Andem!
Danko e multidão desaparecem na direcção oposta da onde entraram.
Terceiro Acto
Deserto. Entra multidão junto com o Danko.
Danko (manda piada): O tempo hoje é bom p’ra caralho!
(Multidão fica calada)
Danko: Porque calaram-se? Ah? Onde está a velha puta Izergil?!
Voz da multidão: Bateu a bota ontem.
Danko (com incerteza): Andem.
Voz da multidão: Ande mas você p’ra caralho!
Voz escovinha da multidão: Danko! Fígado se apaga. (Danko atira para o chão o fígado mal cheiroso e já todo ardido).
Voz escovinha da multidão: Danko! Arranca os rins – eles vão arder. (Danko arranca os rins. Eles ardem, mas não com a luminosidade desejada. Então Danko atira os para o chão).
Danko: Então, cabrões. Agora estão contentes? (Multidão fica calada).
Danko: Então, chegou o vosso fim, caralho! (Morre).
Voz da multidão: Fim, o caralho! Nos criaremos no deserto um pomar!
Vozes: É malta! Ele ‘ta dizer a cena búe da fixe!
Voz: Hurrahhhhh! Andem, seus cabrões!
Todos: Hurrahhh!
Pano de boca se fecha.
Preparou: Chill - chill@doslidy.kiev.ua
Fonte: http://www.doslidy.kiev.ua/
Nota de tradutor
Danko (Feeria) tem uma certa alusão ao conto homónimo de Maksim Gorkiy (Peshkov), também conhecido em Portugal (sabe-se lá porque), como Máximo Gorki.
Nota sobre o autor
Oleksander (Les’) Podervyanskiy nasceu aos 3 de Novembro de 1952 em Kyiv (Kiev). Em 1976 foi graduado pelo Instituto de Belos Artes de Kyiv. Desde 1980 é membro da União dos Pintores da Ucrânia. Especialidades: design teatral, gráfica.
Exibições mais famosos, onde Les Podervyanskiy participou como pintor (pessoais e colectivas): «Art Expo-2000», Nova York; «Lazarro Signature Gallery», Stoughton, Wisconsin, EUA (1999); Exibição de Arte Moderna, Galeria da Arte de Kyiv, Kyiv (1995); Galeria «Glasnost», Nuremberga, Alemanha (1991); «Modern Ukrainian Art», Centro Cultural de Marsvinskholm, Isted, Suécia (1990); All-Union Exhibition, Manezh, Moscovo, Rússia (1980).
Os seus quadros encontram-se em colecções privadas na Ucrânia, Alemanha, Estados Unidos da América, Israel, Grã Bretanha, Rússia e Suécia.
Começou escrever no fim dos anos 70, até agora escreveu cerca de 50 peças. Autor do livro “Herói do nosso tempo”, Lviv, Ucrânia, Editora Calvaria, 2001.
Casado e tem uma filha. Os amigos chamam-no “Podia”.
Vive e trabalha em Kyiv, Ucrânia.